"Sou um poeta do mato/ vivo afastado dos meios/ minha rude lira canta/casos bonitos e feios/ eu canto meus sentimentos/ e os sentimentos alheios"(Patativa do Assaré)
Trazida para cá pelos portugueses, a literatura de cordel se consolidou no Nordeste brasileiro, adquirindo características peculiares. Há indícios que remetem a origem do cordel à Portugal e Espanha, mas, ainda na Antigüidade, gregos, romanos e fenícios desenvolviam narrativas que tinham aspectos semelhantes as produzidas na Península Ibérica. Existe também a hipótese do cordel ter sido cultivado a partir do Trovadorismo da região de Provença, sul da França. Portanto, como manifestação popular, a literatura de cordel tem origem incerta, ou pelo menos controvertida, sendo uma espécie de compilação de características agregadas no decorrer do tempo, sem data, nem local definidos. Já o nome cordel, que nos foi legado de Portugal, está relacionado à forma com que os folhetos eram postos para venda: pendurados em cordões, lá chamados de cordéis.
Cordel é uma narrativa poética, cuja temática se apresenta, por demais, diversificada. A religiosidade do sertanejo, levando à mitificação de figuras como padre Cícero, o cangaço, registrando as proezas de Lampião, o adultério, permeando com marcas humorísticas os causos contados e o êxodo rural motivado pela seca são temáticas recorrentes, expressadas de maneira genuinamente nordestina, obedecendo às tradições orais do sertanejo, isto é, a espontaneidade da fala matuta.
A versatilidade do cordel é comprovada quando analisamos suas diversas finalidades Além de retratar a realidade do sertanejo, que sofre, que reza, que foge da seca, é também utilizado como recurso publicitário. Fruto de encomenda em prol do setor comercial, muitas vezes, o cordel é produzido para vincular informações sobre produtos, shoppings, supermercados e até mesmo políticos. Dessa forma, é bem verdade que o cordel perde o viço peculiar do ritual poético, para edificar figuras ideais que possam promover o consumo, conseqüentemente, o lucro.
A literatura de cordel é feita para ser cantada, ou seja, o apelo sonoro dos versos faz com que o texto só seja por completo explorado quando lido em voz alta. A rima do cordel advém da oralidade em que o cordelista constrói a narrativa. Portanto, os versos do cordel são feitos para os ouvidos, não para os olhos, daí a necessidade de se recitar.
Se os versos aguçam a audição, a xilogravura da capa oferece à visão o apuro dos cortes feitos na madeira. Produzida artesanalmente, a xilogravura apresenta-se ao leitor como uma ilustração que antecipa o conteúdo do texto, anunciando a temática a ser narrada.Veja:
Cordel é uma narrativa poética, cuja temática se apresenta, por demais, diversificada. A religiosidade do sertanejo, levando à mitificação de figuras como padre Cícero, o cangaço, registrando as proezas de Lampião, o adultério, permeando com marcas humorísticas os causos contados e o êxodo rural motivado pela seca são temáticas recorrentes, expressadas de maneira genuinamente nordestina, obedecendo às tradições orais do sertanejo, isto é, a espontaneidade da fala matuta.
A versatilidade do cordel é comprovada quando analisamos suas diversas finalidades Além de retratar a realidade do sertanejo, que sofre, que reza, que foge da seca, é também utilizado como recurso publicitário. Fruto de encomenda em prol do setor comercial, muitas vezes, o cordel é produzido para vincular informações sobre produtos, shoppings, supermercados e até mesmo políticos. Dessa forma, é bem verdade que o cordel perde o viço peculiar do ritual poético, para edificar figuras ideais que possam promover o consumo, conseqüentemente, o lucro.
A literatura de cordel é feita para ser cantada, ou seja, o apelo sonoro dos versos faz com que o texto só seja por completo explorado quando lido em voz alta. A rima do cordel advém da oralidade em que o cordelista constrói a narrativa. Portanto, os versos do cordel são feitos para os ouvidos, não para os olhos, daí a necessidade de se recitar.
Se os versos aguçam a audição, a xilogravura da capa oferece à visão o apuro dos cortes feitos na madeira. Produzida artesanalmente, a xilogravura apresenta-se ao leitor como uma ilustração que antecipa o conteúdo do texto, anunciando a temática a ser narrada.Veja:
A literatura de cordel exprime, de maneira singular, a rica cultura de um povo que, apesar de sofrido, tem fé e coragem para resistir ao flagelo do semi-árido nordestino. É dessa terra, longe de ser garrida, que brota a inspiração, a verdadeira Inspiração Nordestina de Patativa do Assaré, e a influência para vários poetas e prosadores como João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna e Guimarães Rosa.
Heitor Nogueira.
8 Digressões
olha to vendo que vou aprender mto com este blog
aceita uma troca de links ?
http://lhmartins.blogspot.com/
abrs
Seria tão bom se pudessemos estar presentes no começo desses movimentos literarios... O que nos resta é admirar :D..ao menos a minha pessoa, já que criar..não é muito comigo.
Beijokas
Conhecer a história literária é mesmo uma viagem.
E o que seria dos versos sem a musicalidade, não é mesmo?!
Cantar história é o que há ! :)
Adoro literatura... mas prefiro não comentar muito sobre elas. Nunca saberemos o que se passava nos pensamentos atrás de cada verso. Prefiro reciclar todas as poesias possíveis (minhas ou alheias também), deixando o melhor de mim - para que possam ser recicladas também!
Parabéns pelo Blog
Convido a visitar meu blog:
www.espelhomagic.blogspot.com
e tenha um ótimo fim d semana
*
Eu moro no celeiro produtor de cordel no Brasil, o nerdeste, e ja li muitos e muitos cordeis, e digo a vcs: e otimo. Comecei a ler pra fazer o vestibular, pois pedia, ai nao parei mais.
Interessante olhar com outro olhar.
Gostei
Sempre devese ver as coisas por outro algulo parabens
http://www.philipecardoso.com
ual que interessante e inteligente seu post
parabéns